quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dezenove

Saiu do átrio, num impulso, por dentro da luz azul da tarde de cinzas. Corpo dançante, esquivo, os cabelos soltos para o nada.
Encontro de almas, meu tempo, o teu: a falta. Num abraço absoluto, sondei-lhe o sagrado.
Eu sabia, seus dedos ainda tinham cheiro de poesia envolto à tristeza das eras. E mesmo quando tudo é nada, um estado convulsivo, ainda sim, mostra-se beleza o súltimo suspiro.

2 comentários:

  1. Belo texto, a poesia escorre pelos dedos seus.
    A tristeza das eras está sempre ao redor de nós, todos, quando seguramos a pena ou suspiramos, e a beleza de por isso no papel em verso é um prazer indescritível, continue escrevendo moça.

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