sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amarga cor em que se pintam as flores.
Sonhos não são estrelas,
perdoai-me meu Senhor,
mas é o que se escreve em rasos de água.
Quem viu nascer dos dedos de Eros
lençois infinitos de seda,
viu sistemáticas canções brotarem da terra
encantada elfos e ninfas
brincantes dos cabelos dos deuses.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fábulas,
não é que se invente,
mas em finas tardes
pássaros azuis cantam-as
pelos arredores da praça São Sebastião.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Depois das Quatro

De finos pés postos no chão,
a saia rodando em tons harmônicos,
e como sem mais delongas acariciou-lhe o rosto e moveu o polegar nas pálpebras que até hoje não se sabem a cor.

Noite estável,
nascia dos astros sorrisos complacentes,
e golpeava a febre de qualquer coração.
Lânguida face aérea,
complementando à pele sentido ébrio.

Rabiscada de Caeiro, a noite franzia num copo de café seu carinho inefavelmente contagiante.
E como sem mais delongas moveu sua energia a lhe gargalhar com a cabeça entre seus ombros,
rogando a infinitude das horas que fugiam pelas dedos.



De finos pés postos no chão,
a saia varrendo nos dedos alheios a sutileza da pele,
emaranhando-se entre a canção que basta seguir na estadia de ser,
e a complementação de nada saber.


sábado, 2 de junho de 2012

Doce fragilidade revestida de uma fúnebre irrealidade. Porque às vezes tem dias que um abraço, eu sei, te cobriria de consolo e luz.
Um sorriso teu, já nos basta.