quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sabedoria de alguém que ronda a beira do mar, caótico.

Mas nós somos realmente pequenos, nossos sonhos pequenos, nossa vida pequena, diante da vastidão de tudo.
Mas se você viver de forma que gosta e amar os momentos da sua vida ela será grande para você e sem arrependimentos. Lute mesmo pelo que você acredita, e não desista, você é um grande ser com lindos sonhos e pode fazer muito pelas pessoas.
Já faz muito por mim, e eu agradeço. Só o seu exemplo e as suas palavras já são remédios para tornar a minha vida um pouco melhor.


(Sabedoria de alguém que ronda a beira do mar, caótico)
As Vitrines,
Chico e dois copos de café,
entre uma noite revirada de sonhos,
e um caos lapidado de fé.

Um movimento na ponta dos dedos,
evadido sob a fúria da carne:
gorjeiam-se suspiros aprazíveis.
Feitos.



A lancinante desordem dos sentidos,
tua paz cortejante à minha.

A minha em alguma estação condensada às estrelas.



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conflito

Porque as horas não me consomem como um ser conformado,
porque a pureza das palavras que eu guardo, soltam-se tímidas,
parecem nunvens com sabor azul que saem de sorrisos.
Porque o tempo ressurge ora como cinzas crescentes,
ora como margens coloridas de quimeras.
Porque a doce cicatriz que sonda a longevitude do caos é minha,
somente minha, como os sons que emito na chuva,
e quão é doce saber sobre ela.
Porque a fera que me há me guarda, me traga e me dilacera por dentro,
e é minha, somente minha,
e que precisa ser vomitada frente aos versos finitos.
Porque existe a paz concreta, em algum lugar movendo-se à sua chegada,
já que sobre nós ela se dispersa,
move-se à eterna busca de sê-la.
Porque o nosso consumo de ser é misteriosamente um combate astral entre dualidades constantes dentro de si.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Nós não temos dinheiro,
pra fugir de toda esta estadia de sonhos.
E rondamos o fio,
a dor, a cor,
o traço vil do constante espasmo.
Talhado.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tem dias que amanheço e digo à Cecília sobre a Lua Adversa que resurge na cantoria. Entre uma e outra vaguidão do ser, as veias sobressaltam de inquietude sobre o nada. Que vazio o prelúdio de hoje, que herança me causa a noite inconstante de mim.
Ressaca de mim, como o conhaque de Drummond às sete faces, sob a Lua de Cecília tão vadiosa, botando-me, pois, uma comoção como o diabo.

domingo, 20 de maio de 2012

Fuja do vívido e escasso mundo dos frascos,
enquanto a noite desfolha as últimas pétalas e condensa-se em seus orvalhos,
fuja à mente extasiada,
cansada e voraz de bolhas.


Fuja, faça as malas,
e corra sem saber se ela ainda está no mesmo lugar.

Quem nos conduz são somente sonhos azuis feitos de seda.
Nada mais.
Amor se move com os dedos,
é crueza,
mas se revela à fina liberdade de nada possuir.


- Por onde anda a moça com olhos de límpida piedade?
Com mãos cuja ternura desembocam numa circunstancial
cura de mim.
A saia varrendo o chão e os rumores em seu coração sonhando. Eu também preciso, vivo me expelindo.

sábado, 19 de maio de 2012

Devorai-me o resto de sombras enaltecidas de emoções passadas, deuses!
Lança-me mão do imortal fisgo de imagens, e que do assombro à proeza se concretize!

Talhai os versos em horas menores, das quais a relevância do tempo não remonta, mas degenera!


Anda, que as flores têm pressa no gorjeio das manhãs,
têm motivações à beleza,
embora a morte lhes definam.
Depressa, pois a essência das horas ninguém conhece,
jaz como constante dilacerar de ser.
Sabedoria é perdurá-las, não obstrui-las.

Pensamento

Silêncio de beira de rio,
canto das águas,
olhos
de luz em valsa.



Silêncio de beira de rio,
proeza das águas,
já que a fé pulveriza
uma canção amálgama.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Timidez

Nos recôndito os moldes,
na pele o pêlo rude,
na boca o seco,
estatelando ao medo.



No canto um copo,
um corpo, um ósculo.
O ar nos nervos num golpe se atirava,
e a velha sutileza de ver nos gestos um desajuste.





- O mundo me tem num formato circular, parece que tudo cai inexato. Sou-me um desajusto concretual, um fino espasmo, finalizando com um feito, o eterno.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Círculo

Gostaria de ver na finura do espaço as vestes dos deuses maiores,
os cosmos dissolvendo os arredores dos vácuos,
e o tempo sobressaltar o nada.

Gostaria de sondar o mágico e encantador silêncio das estrelas maiores,
onde a explosão da poeira caótica forma belas imagens interruptas.
Rabiscar no véu do tempo uma margem maior de tempo,
onde os figos perduram por mais horas à estação do vento.



Gostaria de ver na finura do espaço as vestes dos deuses maiores,
a revelada loucura de não nos saber humanos,
nem vivas partículas de seda a rondar o mundo

vez ou outra perdidas.


Quem sabedor será da última agonia? Ou da última dança vívida de poesia?
Se jaz o tempo imortal, jaz também o ventre imortal da criação,
fúnebre espasmo sois pois o martírio da vida:
Na ultima visão verás o quão bela ela se retrai.



- Tarde demais.

sábado, 12 de maio de 2012

Lígia


Lígia, 
teus sonhos exatos nos olhos serenos,
de tão fino espasmo se faz tão terreno.
Escuro como a nau do amante que se vai,
mas um campo aguço às dádivas divinas.
Teu riso frouxo à fé que te desencandeia,
nos lábios fervendo parecem vívidos de seda.
Os pés soltos de Lígia, como flores que tocam os cabelos,
por dentro do tempo se encaminham.


Quando olha, Lígia inflama as pálpebras
e sempre deixa cair sistemáticos pêndulos.
Soltam-se e firmes fluem pelos ares
em contágios inevitavelmente amenos.


Lígia, 
quem te ver passar não sabe que da força que tens,
jaz um alimento íntimo,
uma canção dessas, cuja a simetria enaltece 
a leveza da pele que palpita.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

É que às vezes é melhor complementar-te como um ser estranho. Sair pela lateral e guardar seus traços na memória, no meio da noite -aquela aribulação escassa em que a mente sonda o corpo-. É que às vezes é melhor fingir que as águas que passaram sob nossos pés não passaram de finas fábulas. Ou quem sabe abstrair definitivamente, sem saber como, nem onde, nem quando, as últimas sonatas concretas e interruptas. Ainda.

domingo, 6 de maio de 2012

- Esqueça, esqueça! Marque a sua voz e esqueça!
- Como?! (choro)
A noite se esvaindo de ternura e caos, tecia no verso cru algum aspecto tão rígido que secava os dedos e molhava a cara de lágrimas azuis.
- Não te corrompes, não perdes a tua juventude. Esquece, você precisa... Esquecer. Onde a curva de outrora mora, é onde você deve ficar, onde os meninos cantam baixo canções pacíficas. Tenho dó de quem ama e de quem não o sabe. Tenho tanta dó de você. Teu olhar singelo te molda, é uma pena que não te encontrem.
- Vou sair. Pisar nas veias planetárias meu coração. E saciar-me em alguma fatídica quimera.

Eterna Estadia

Pois nem sabeis se a clemência que tomas é deveras tua.
Nem mesmo Deus sabe de que essência foi gerado,
mas convicta estadia tem do colosso ar caótico que criou.
Quem revelou o tempo, revelou também a febre de seu itinerário,
e como alguém que não se revela Supremo, mas Sensato, fluindo sobre as horas seu contorno,
discorre:
- Deixai-vos renascer a cada época, que é justa a sobrevivência da vida que lhes reservo. Não lhes doei pedaços de estrelas nos dedos para perecerem obscuros de si mesmos.
Porque sois a premência deste ser,
o arcabouço, a candura e a fúria humana,
a cada passo vestindo-se cansada.
Porque, cansado que sois, temes a verdade absoluta que enfada.

Não fostes criado tu, dos Cosmos, do ventre de Deus tão leal,
para se abortar em plena áurea que te foi reservada.
O berço dos anjos, do qual não conheces, caçoa
do vigor que sois no silêncio das eras terrestres,
mas se entristece do abandono que fazes de sua liberdade.
Mesmo quando ecoam os poetas que estar sob sua fonte é ser cativo, o cativo dos fados, do bem e do amor. Mas se ages sob estes, sois pedaços destes, cativos então de sua própria liberdade em essência.
Ela é nada mais que sua fonte propícia às dádivas de Deus,
já que ele produz nos teus olhos a luz dos astros para que enxergues como o astuto dom de ser tu mesmo.

Doente estão os movimentos dos ventos,
contornam-se nefastos,
- eu não vaguei no teu movimento estelar para
ter com o mundo meu contágio infame,
nasci com as estrelas em excesso ao meu lado
e com vagas sensações de uma insistente força
para a evolução constante do espírito. O tempo é infinito, como o ser.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Enquanto o tempo lá dentro esmorece,
é lá fora que os cantos ressurgem,
do nada, do vácuo,
do doce estágio em que os olhos de alguém
flamejam ternura.
Já que o tempo não se importa,
delinquente que é se espira sobre si,
enganando-me sobre alguma cura.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Vagando e vagabundando em Tumblrs

















 














Ei, garoto, a força que me conduz
É leve e é pesada
É uma barra de ferro jogada no ar
Eu vou levando fé



Fonte: http://poeta-exagerado.tumblr.com/