quarta-feira, 6 de junho de 2012

Depois das Quatro

De finos pés postos no chão,
a saia rodando em tons harmônicos,
e como sem mais delongas acariciou-lhe o rosto e moveu o polegar nas pálpebras que até hoje não se sabem a cor.

Noite estável,
nascia dos astros sorrisos complacentes,
e golpeava a febre de qualquer coração.
Lânguida face aérea,
complementando à pele sentido ébrio.

Rabiscada de Caeiro, a noite franzia num copo de café seu carinho inefavelmente contagiante.
E como sem mais delongas moveu sua energia a lhe gargalhar com a cabeça entre seus ombros,
rogando a infinitude das horas que fugiam pelas dedos.



De finos pés postos no chão,
a saia varrendo nos dedos alheios a sutileza da pele,
emaranhando-se entre a canção que basta seguir na estadia de ser,
e a complementação de nada saber.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estejam à vontade para comentar