Não! Não sou escritor, nem muito menos ser convicto de paz! Sou nervos
precisos e abundantes rumo à estadia de caos, a minha, a sua. Talho
verde rompendo as esporas precisas do ar. Se ficar, pereço, se entornar a
passagem para ir, estagno. É tudo fio de seda permeado de combinações,
espaço abrupto entre um palavrear e outro. É tudo sonho, bem-me-quer,
malmequer, solidão extasiada de vida através da janela embaçada com
letras maiores. É tudo meu, absolutamente seu, uma vez que a proeza do
estar e ser no mundo não a de me rondar certamente só. É tudo vívida
estadia de bagunça incansável de almas, rabisco lancinante ora estreito,
ora alongado. É tudo um permear de fundas pronúncias rompidas com um
vômito: (in)definidos borrões presos no incansável talhar do ser.
Impor as letras nada mais é que um pânico, espasmo singelo entre a
dissonância de revelá-las e a sensação de possui-las.
Belo texto, ainda acho que o ser é um incansável borrão com todas as formas possíveis, adaptáveis. Fez-me refletir sobre o fio de seda, parece-me que o tudo reunido no fio de seda é feito para cair em teares e torna-lo maior. Inspirador, continue escrevendo, sangrando verdades pelos dedos, se é que estás ferida.
ResponderExcluir