sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Canto dos Últimos Astros

Agora que esse sorriso tirou-me dos olhos o sonho,
o canto explosivo dos astros
sabedor será das últimas histórias de seda.

Inda que vou,
inda que venhas franzir meu queixo de mágoas,
agora esse sorriso tirou-me dos olhos o sonho.
E como sem mais delongas, condensar-me no cinéreo o
canto explosivo dos astros.

Disse-lhe ao velho homem de barbas negras, de tão jovem face,
que a trajetória fina retira dos dedos lascas,
mas ainda mais: o sonho.
Pois como o ar que permeia os homens de ideais assusta,
também assusta a dor que gorjeia dos frascos de luz que o pertencem.

Agora que esse sorriso tirou-me dos olhos o sonho,
o canto explosivo dos astros
Sabedor será das últimas histórias de seda.

Que quando a mancha volver-te também os olhos,
não seja tão tarde para acreditar que sonhos são como estrelas.

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