terça-feira, 13 de setembro de 2011

Improviso

Acordei dentro da noite, a saudade combinada com teus olhos, e a pequena lucidez dissipando no ar. Pensei que você fosse dizer algo. Disse, foi embora, voltou, sorriu da gente. Ficou. Agora ficou, como o aroma das rosas encantando o jardim dos homens, com um medo absurdo da vida, do erro, do exagerado. Você sabe bem quando as coisas estão na pior, ou quando eu posso melhorar. Você sempre soube mais de mim do que eu mesmo, e nesta rota da vida que a gente se mira, o mundo brinca de amar, de corações vagabundos, estatelando nossas faces. O medo do nada, do tudo, do silêncio. O medo do tempo, que sempre brincou com a gente.
Sabe-se lá quando é que a ventania vai penetrar no confuso encanto que se toma, nem mesmo se o jeito belo de você enxergar o que me há, vai se condensar em alguma lápide. Nunca saberemos do futuro ar que poderá assolar a beira da praia. Tem dias que ele chega mais calmo, outros mais arredio, ou ainda apreensivo. Tem dias que ando contigo, segurando teu ser nas duas mãos, com medo de tu te quebrares. Outros a minha viagem é bem mundana, coração de todo mundo. E só. Tu sempre soubes que a base de viver foi sempre o amor declarado e vívido de mim para com as pessoas.

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