domingo, 6 de maio de 2012

- Esqueça, esqueça! Marque a sua voz e esqueça!
- Como?! (choro)
A noite se esvaindo de ternura e caos, tecia no verso cru algum aspecto tão rígido que secava os dedos e molhava a cara de lágrimas azuis.
- Não te corrompes, não perdes a tua juventude. Esquece, você precisa... Esquecer. Onde a curva de outrora mora, é onde você deve ficar, onde os meninos cantam baixo canções pacíficas. Tenho dó de quem ama e de quem não o sabe. Tenho tanta dó de você. Teu olhar singelo te molda, é uma pena que não te encontrem.
- Vou sair. Pisar nas veias planetárias meu coração. E saciar-me em alguma fatídica quimera.

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