sábado, 20 de agosto de 2011


O ávido cheiro das ruas, entrecortando entre o cheiro de esgoto despejando-se na sarjeta um trajeto desprezível, e o cheiro volúvel do povo a passar descarado, gritando em noite de agito. Convulsivo, o ar rogou-me disfarçar a cabeça, andando baixa, sufocando a respiração. Repentinamente, inibiu-me, corei, corri a esconder-me na nefasta solidão do meu corpo em extremo, entre o ser banido e o ser incluso. Ludibriei as luzes da rua 27, e conquistei  a sensação de liberdade já perto de casa, com o mesmo jeito que estava anteriormente. A mesma cor, cheiro, carinho e sensação de firmeza me correndo as veias.

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