terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Um tombo sereno,
um caco de vidro mirado à alma,
balanços jogados sob a bruma de outubro.
Na praça não há mais gente.
Amanhã os pássaros hão de sair dos ninhos,
e devolver a fresta de luz existente nos ares.
Amanhã é um palpite,
uma taquicardia,
um suspiro nervoso e confuso.
Um tombo sereno,
e um último apelo generoso,
de quem vê o amor condessar-se no limbo pasmático
e adverso."
Para R.

Um comentário:

  1. Adorando teu blog! Adorei o texto, muito lindo... Me pareceu um luto antecipado ou foi pelo menos assim que reverberou o eco das tuas palavras em mim, lembrei do meu último outubro quando vi um "amor condessar-se no limbo pasmático e adverso"...
    Mais uma vez: lindo!

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