Gostaria de ver na finura do espaço as vestes dos deuses maiores,
os cosmos dissolvendo os arredores dos vácuos,
e o tempo sobressaltar o nada.
Gostaria de sondar o mágico e encantador silêncio das estrelas maiores,
onde a explosão da poeira caótica forma belas imagens interruptas.
Rabiscar no véu do tempo uma margem maior de tempo,
onde os figos perduram por mais horas à estação do vento.
Gostaria de ver na finura do espaço as vestes dos deuses maiores,
a revelada loucura de não nos saber humanos,
nem vivas partículas de seda a rondar o mundo
vez ou outra perdidas.
Quem sabedor será da última agonia? Ou da última dança vívida de poesia?
Se jaz o tempo imortal, jaz também o ventre imortal da criação,
fúnebre espasmo sois pois o martírio da vida:
Na ultima visão verás o quão bela ela se retrai.
- Tarde demais.
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